Mochilão

Diário do Mochilão, próximo destino

Passaram-se 26 dias que eu sai de casa, e hoje fazem 23 dias que estou no Deserto do Atacama

Chegou o dia de ir embora. Não tenho como explicar o mix de sentimentos que estou passando, é muita coisa para processar. Muito parecido com a sensação de quando começamos em um emprego novo sabe? Aquele frio na barriga, medo e estado de alerta, queremos fazer tudo certinho, dar nosso melhor… Acho que é mais ou menos isso.

Fiz minhas malas e ir embora desse lugar que foi minha casa por 23 dias, está sendo difícil, não quero ir embora. Vou falar aqui, algo que talvez não tenha falado em lugar nenhum…

Eu não quero ir para Valparaíso.

Só não cancelei meu voluntariado lá, pois ficou em cima da hora, e não sou o tipo de pessoa que deixo os outros na mão. Só eu sei o quanto tenho lutado internamente, para manter minha cabecinha no lugar.

Contratei o meu transfer, estou aqui sentada esperando e já chorei rios. Estou com medo, ansiosa, cansada. Colocar todo o peso das mochilas nas costas, tem um real significado de: Carregar na mochila meus sonhos. Parece cafona ou clichê, mas é o mais puro sentimento de felicidade e desespero.

Agora dentro do transfer, olhando uma última vez o vulcão Licancabur, me despedindo, chorando muito, lembrando de tudo o que eu vivi no Deserto do Atacama, o quão evoluída saí de toda essa experiência. O Deserto transforma pessoas, estou muito, muito feliz de ter voltado pra cá ♥

Ruim mesmo é dizer um até logo, pois um adeus para o Deserto, jamais! Você também está curioso para saber como vai continuar essa saga? Acompanhe tudo aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *