Mochilão

Diário do Mochilão, rolê de bike até a Laguna Cejar

Eu que sempre gostei de escrever, percebi que não fiz isso estando aqui.

Seria meu primeiro dia de voluntariado e decidi alugar uma bike e ir conhecer a Laguna Cejar (total de 36km ida e volta), sou acostumada a andar de bike? Não! (risos eternos).

O caminho é maravilhoso, a cordilheira dos Andes e os vulcões vão te acompanhando o tempo todo, é indescritível, sério. Só eu sei o quanto foi difícil chegar lá, além do cansaço físico (dores eternas no meu popozão) tinha o cansaço mental, passou pela minha cabeça em desistir pelo menos umas 7 vezes. Apesar desses pensamentos, desistir não se tornou uma opção, depois de duas horas e dez minutos, finalmente cheguei!

O sentimento era mágico, não podia ser outro, superação total!!

Eu teria uma meia hora para aproveitar a laguna, pois precisava voltar. MAS quando eu falei com a responsável na entrada do parque, ela me disse que somente um dia da semana a laguna era fechada para visitantes.

ADIVINHEM QUE DIA ERA ESSE? Kkkkkkkkkkkkkkkk

Sim, no dia que eu decidi alugar uma bike no centro de San Pedro de Atacama e pedalar 36km!

Eu nunca vou esquecer disso, nunca! Mas uma coisa meu querido Will me ensinou. Não vai adiantar eu ficar triste, brava ou com raiva, isso só iria fazer estragar minha experiência (obrigada por isso meu amor). Então, dei meia volta, e comecei a pedalar em direção ao centro de San Pedro.

No caminho eu ri, eu chorei, eu gritei, eu cantei, eu dancei.

Eu estava EXPLODINDO de emoções, me setia tão verdadeiramente feliz. Eu me reencontrei aquele dia, eu senti orgulho de tudo o que eu estava fazendo, pensei tanto nos motivos pelos quais eu estava fazendo esse mochilão e cheguei a conclusão que, na verdade, não existe motivo nenhum.

Eu não estava sozinha, estava com minha própria companhia, não tenho palavras para descrever que sentimento foi esse que despertou em mim. Estou a tanto tempo sem ficar sozinha, que eu não fazia ideia que eu era tão legal rsrs.

Eu aprendi tanto comigo, não sou a mesma Sthefany da ida para a Laguna. Foi com toda a certeza, a melhor coisa que pode ter acontecido comigo.

Foram horas muito sofridas, a pedalada de volta pro hostel me levou ao meu esgotamento, mas me fez entender que precisamos de pouco, ou quase nada, para ser verdadeiramente feliz.

Amo meu namorado e minha família, mas a partir de hoje, eu ME amo acima de qualquer coisa ❤️

Desde a primeira vez que estive no Deserto do Atacama, eu sabia que aquele era um lugar mágico, transformador, mas hoje eu tenho a certeza que meu destino foi traçado para que eu voltasse e pudesse me conhecer verdadeiramente.

Estou completa, na verdade, melhor que isso, hoje eu transbordo o que sou. É libertador, é lindo, é o Atacama…

 

Agora que você terminou de ler, vá se divertir com o destaque que eu criei no meu Instagram com os storys desse dia, não perca, está demais!

 

Beijinhos pra quem chegou até aqui, até

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